segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O velho e o mar - Ernest Hemingway












Autor: Ernest Hemingway

Ano: 1951 (edição de 2001)

Editora: Bertrand Brasil

Número de páginas: 128




Um velho pescador sem sorte tem por melhor e quase único amigo um menino.


Aquele homem de olhos azuis e profundos, da cor de sua amante, o mar, já foi um dos maiores pescadores da região, mas com idade avançada já não executava suas funções como antigamente e com a modernidade que vinha chegando também aos barcos e estilo de pesca , acabou perdendo seu posto.


Um belo dia decidiu, com a ajuda de seu pequeno amigo, seguir para mar aberto tentando mudar o rumo das coisas como mudava as velas de seu simplório barco.


Parecia que sua sorte melhorara, até encontra o pior inimigo de todos os pescadores: o tubarão. E aí que se trava uma árdua luta pela pesca de um espadarte, onde cada um dos lados disputa um pedaço daquela enorme carcaça de peixe que o anzol do velho fisgou.


Assim chegamos ao clímax de “O velho e o mar”, qual dura boa parte da narrativa, podemos assim dizer.


Obra de escrita rica e simples, uma bela crônica do cotidiano que recomendo para ler apenas por entretenimento, quando estamos cansados de leituras pesadas e procuramos algo para distração. Assim os leitores se surpreenderão o quanto uma história tão pacata quando a vida do próprio pescador pode ser prazerosa e descansar a mente.


Um dos maiores clássicos da literatura mundial pode ser classificado como um livro triste. Regado pelo sofrimento daqueles que não acompanharam o desenvolvimento tecnológico e acabaram sendo excluídos desse processo, demonstrando que até mesmo as comunidades mais simples, como a dos pescadores, são atingidas por esse arrastão que chamamos de modernidade.


Num cenário regado a mar, rádios de pilha e conversar sobre baseball, Hemingway nos trás mais uma vez uma prosa poética que umedece os olhos, cheia de sentimentos humanos, onde ele apenas descreve a luta de um homem pela sobrevivência, de seu corpo e de seu orgulho.




Paula Montanari






3 comentários:

Marina Risther Razzo disse...

Adorei "O Velho e o Mar". Hemingway possui uma prosa tão simples quanto é poética. As descrições são belas e marcantes!

Já li outro livro dele e com crtza Hemingway é um dos meus autores favoritos.

;***

Nádia Godoy disse...

Terminei agora de ler o Velho e o Mar, e o livro é lindo, profundo e simples.
Sua resenha me encantou, você foi capaz de sintetizar impressões que eu procurava uma forma de descrever e não conseguia.
O livro é maravilhoso e parabéns Pah, pela resenha.

Marcelo Campos disse...

Acho que Hemingway plasmou seu próprio estado de espírito no livro; a tristeza que sentimos transbordar no texto é a mesma que o levou ao suicidio alguns anos depois.
Está de parabens pela resenha, e por continuar lendo literatura mesmo com tantos trabalhos acadêmicos. Também adorei o nome artístico, Pah. Um grande abraço.

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