quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Julieta - Anne Fortier

  • Editora: Sextante
  • Autor: ANNE FORTIER
  • Ano: 2010
  • Número de páginas: 448

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        A história de amor proibida entre Romeu e Julieta, famosos personagens de William Shakespere, todos conhecem. Baseado em pesquisas que a própria autora - a estreante Anne Fortier - fez, o livro Julieta foi criado, misturando ficção e uma possível realidade: de que Romeu e Julieta de Shakespere realmente existiram. Entre romances e conspirações, Anne Fortier conseguiu já estrear com um livro agradável, daqueles que você lê e nem vê o tempo passar.

    Julie Jacobs perdeu os pais quando tinha apenas 3 anos e desde então ela e sua irmã gêmea Janice foram criadas pela tia-avó Rose. Quando Rose faleceu, Julie descobriu que seu verdadeiro nome de nascença era Giuletta Tolomei e que sua mãe havia lhe deixado de herança algo "muito valioso" que se encontrava num cofre em Siena, na Itália, que foi a cidade onde Julie nasceu. Lá, contudo, ela descobriu que a tal herança não passava de cartas e diários, todos escritos há séculos atrás. Curiosamente esses diários contavam justamente a história de uma mulher que havia vivido há mais de 600 anos que também se chamava Giuletta Tolomei, sua antepassada, e possuia uma triste história de amor que aparentemente teria sido a inspiração pra trágica história criada por Shakespere. Querendo saber mais sobre Giuletta e seu amor proibido Romeo Marescotti, assim como explorar sua cidade de nascença, Julie acaba conhecendo muitas pessoas, entre elas membros da família Salimbeni, que eram inimigos de séculos do Tolomei, entre outras pessoas extremamente misteriosas. Sua busca por um tal tesouro e por informações de sua família e de Giuletta, acabam a colocando em perigo e muitos fatos estranhos passam a acontecer. No meio de tanto perigo e mistério, no entanto, Julie também acaba encontrando algo até então desconhecido pra ela: o amor, que coincidentemente muito tem a ver com a história de sua antepassada, e que ela terá que lutar pra não ter o mesmo final que William Shakespere escreveu.

         Anne Fortier não é do tipo de autora que "enche linguiça". Me surpreendi ao ver que logo nos primeiros capítulos ela já dá início a trama principal, com Julie em Siena descobrindo os diários. O livro é narrado em primeira pessoa, o que como eu já disse em posts passados, eu adoro! Julie, nossa narradora, conta não só os fatos sobre Siena e Giuletta como também coisas de seu passado, da relação com sua irmã e Rose, porém sem enrolação, sem partes chatas e maçantes, mas com comentários paralelos que tornam o desenvolvimento da história mais atraente.

        A história possui um pouco de tudo: muito romance, pitadas de humor, drama e bastante suspense. As partes bem humoradas ficam por conta da irmã de Julie, Janice, que é totalmente o oposto dela. Enquanto Julie é toda certinha, Janice é meio doida, desbocada, pretensiosa, e extremamente irônica. Apesar de eu achar que muitas pessoas não vão gostar de Janice no início, eu a adorei. Possui uma personalidade muito interessante, ao contrário de Julie, que às vezes eu achava meio chatinha.
        A história de Giuletta Tolomei é muito interessante. Triste, tal qual a versão de Shakespere, porém com algumas importantes diferenças, dentre as quais o fato de Romeo não ser da família inimiga Salimbeni e sim ser um Marescotti.
        Como eu já disse em posts passados, eu não sou chegada em romances, principalmente os muito melosos e muito perfeitinhos. Apesar de em alguns momentos o romance de Julie ser um pouco idealizado demais pro meu gosto, eu até que não me incomodei muito. Achei que Anne Fortier conseguiu inserir uma história de amor mas sem exagerar e tornar o livro melosinho demais.

        Os perigos que envolvem a história da família Tolomei rendem momentos de muito suspense e revelações feitas ao longo do livro são surpreendentes.
        Na parte de trás do livro eles chamam Anne Fortier de "a versão de Dan Brown pra mulheres inteligentes". Ok, realmente o suspense desenvolvido é ótimo, é uma trama muito bem bolada e que nos prende do início ao fim. Porém como quase todos os suspenses deste tipo, incluindo os de Dan Brown, possui uma dinâmica que pelo menos pra mim já é meio manjada. Ainda que surpreendente, na realidade qualquer pessoa já é capaz de sacar algumas coisas.

        Independente da "dinâmica clichê", Julieta é um livro que vai lhe render boas horas de diversão. Pra quem gosta da história de Shakespere então, vai ser melhor ainda se render as 448 páginas do livro que mesclam capítulos narrados por Julie e capítulos contando a história de Giuletta Tolomei.

        É isso ai pessoal, até a próxima :)

    8 comentários:

    Eliane disse...

    Oi Marina, achei sua resenha ótima. Eu já estava com muita vontade de ler Julieta, e agora sua resenha só veio reforçar a minha vontade.

    Beijo

    Eliane (Leituras de Eliane)

    Vanessa disse...

    Adorei a resenha (: Já vi algumas desse livro e parece ser bem interessante mesmo. Entrou pra minha lista *-*
    Beijos, Vanessa.

    Caline disse...

    Oi Marina, adoro a historia de Shakespere, e se voce disse que quem gostou da original concerteza gostará dessa então vou colocar na minha lista de próximas leituras!

    Xero.

    Paula Montanari disse...

    La la la la laaa, não estou lendo nada! haiuhaiuha Não quero estragar a surpresa.
    ;******

    Mariana Rocha disse...

    Ahh, eu tenho esse livro! Ainda não li mas a capa e a sinopse me hipinotizaram muitooooo!

    Marigcr
    BaunilhaComCafe.blogspot.com

    Anônimo disse...

    eu ja lii é muitooo muuuuuuuuuito bom esse livro teve horas que eu quase chorei!!! quer uma dica leia ele escutando uma musica bem romantica aa é muito bom

    Anônimo disse...

    Adoreei a resenha...faz mais ou menos uns 10 dias que comprei o livro e a dois estou lendo e achando cada vez mais incrível...e pretendo ir para Siena para conhecer cada lugarzinho descrito no texto >< sou apaixonada por Shakespeare e esse livro me tornou ainda mais apaixonada por essa linda história de amor *-*

    Anônimo disse...

    Eu me chamo Cristiane Tolomei e meus avòs vieram da Itália, e uma amiga começou a ler este livro e me disse que a personagem tinha o meu sobrenome e como ele não é comum, fiquei curiosa e comprei o livro. Vocês sabem explicar a origem dessa ideia?

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