- Editora: Record
- Autor: BERNHARD SCHLINK
- Ano: 1995
- Número de páginas: 240
Sinose: Michael tem somente 15 anos quando conhece Hanna, uma mulher 21 anos mais velha. É o início de uma delicada relação amorosa, marcada por pequenos gestos e rituais. A leitura de clássicos de Tolstói, Dieckens e Goethe precede os encontros. Ao longo de meses, o casal repete essas cerimônias, interrompidas pelo súbito desaparecimento de Hanna. Sete anos depois, Michael, estudante de direito, é convidado a tomar parte em um julgamento contra criminosos do regime nazista. Ele descobre que uma das acusadas é sua antiga amante, o que o lança a um vórtice de culpa e piedade.
Ler um livro... e refletir. Cada livro tem uma qualidade única. Alguns nos fazem viajar, outros nos deixam tensos e ansiosos para o desfecho. Alguns tem histórias complexas e nos surpreendem a cada capítulo. Outros são simples, nada de surpresas, suspenses, teorias... Apenas uma narrativa que nos faz entrar na vida do personagem e sofrer com ele, sorrir, chorar e refletir sobre nossa própria vida... Simples, mas intensos.
É com esses dois adjetivos que eu definiria o livro "O Leitor", de Bernhard Schlink.
Sim, esse mesmo "O Leitor" que vocês estão pensando. Aquele que deu origem ao filme com Kate Winslet e Ralph Fiennes. Filme esse que acreditem se quiser, eu não assisti. Eu tenho um probleminha com filmes baseados em livros. Prefiro sempre ler antes, afinal o "passeio" se torna mais agradável quando deixamos o livro tomar conta de nossa imaginação. Quando vemos o filme primeiro, não imaginamos, apenas recordamos.
"O Leitor" é narrado por Michael Berg, que aos 15 anos se apaixona por Hanna Schmitz, 20 anos mais velha. Depois de compartilharem muitos momentos juntos, desde brigas, carinhos e os livros que Michael lia pra uma Hanna entusiasmada, ela simplesmente foi embora. Sumiu, sem aviso nem explicação. Michael passou anos de sua vida se questionando a respeito do seu amor e de sua relação com ela. Não conseguia manter um relacionamento com nenhuma mulher. Casou e teve uma filha, porém isso não foi suficiente pra manter seu casamento. Anos se passaram e ele a reencontrou... em seu julgamento.
Ela e mais algumas mulheres estavam sendo julgadas por fazerem parte da SS, durante a Segunda Guerra Mundial, e supostamente terem deixado prisioneiras morrerem durante um incêncio que ocorreu numa Igreja de um campo de concentração. Michael faz parte de um grupo de estudantes de Direito convidados a assistir e estudar o julgamento.
É nesse momento que muita confusão começa a ocorrer na cabeça de Michael. Confusões com relação aos seus sentimentos, às atitudes que deve ou não tomar. E eis que durante o julgamento ele descobre um segredo de Hanna. E pra não revelar esse segredo, ela prefere ser condenada.
Conseguimos sentir o que Michael sente. Conseguimos ter as mesmas dúvidas, a mesma angústia. Refletimos sobre nossas vidas durante suas reflexões. Nos questionamos a respeito daquilo em que ele se questiona. O final do livro é belo e triste. Conseguimos também nos imaginar no lugar da Hanna. E sofremos muito com ela. Como eu disse, é simples e intenso. São apenas 240 páginas que nos passam tantas mensagens.
Pretendo assistir o filme. E como Ralph Fiennes e Kate Winslet são atores maravilhosos, acredito que ele seja tão belo quanto o livro.
Recomendo 100%.
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